Haicai
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Haicai
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Bom dia, amig@s
Hoje conseguimos terminar a postagem de todos os haicais das turmas dos sétimos anos. Esses textos forma produzidos no final do mês de setembro, durante as aulas de Língua Portuguesa, com a professora Ivone. Procuramos ilustrar todos, de acordo com o tema escolhido.
Nossos alunos estão melhorando a cada passo nessa caminhada mágica pelo mundo da escrita. Estamos muito felizes!
Em breve traremos novidades ;)
Um abração e um ótimo final de semana!
* Imagem: nipocultura
Haicai
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Haicai
O QUE É HAICAI
Haicai é um poema de origem japonesa, que chegou ao Brasil no início do século XX e hoje conta com muitos praticantes e estudiosos brasileiros. No Japão, e na maioria dos países do mundo, é conhecido como haiku.
Segundo Harold G. Henderson, em Haiku in English, o haicai clássico japonês obedece a quatro regras:
• Consiste em 17 sílabas japonesas, divididas em três versos de 5, 7 e 5 sílabas
• Contém alguma referência à natureza (diferente da natureza humana)
• Refere-se a um evento particular (ou seja, não é uma generalização)
• Apresenta tal evento como "acontecendo agora", e não no passado.
No transplante do haicai para outros países, algumas das regras anteriores são seguidas com maior ou menor fidelidade, enquanto outras podem ser mesmo ignoradas, dependendo de cada poeta ou da escola seguida.
* Fonte: Kakinet
>> Leia mais haicais Kakinet
______________________________
Mais sobre o Haicai...
Haicai (Haiku ou Haikai) é um forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade.
O principal haicaísta foi Matsuô Bashô (1644-1694), que se dedicou a fazer desse tipo de poesia uma prática espiritual.
Haicai no Brasil
O primeiro autor a popularizar o haicai no Brasil foi Guilherme de Almeida, que não só o dotou de estrutura métrica rígida, mas ainda de rimas e título. No esquema proposto por Almeida, o primeiro verso rima com o terceiro e o segundo verso possui uma rima interna (a 2ª sílaba rima com a 7ª sílaba). A forma do haicai de Guilherme de Almeida ainda tem muitos praticantes no Brasil.
Uma outra corrente do haicai brasileiro é a tradicionalista. Promovida inicialmente por imigrantes ou descendentes de imigrantes japoneses, como H. Masuda Goga e Teruko Oda, essa corrente define haicai como um poema de três versos, escrito em linguagem simples, sem rima, escrito em três versos que somam dezessete sílabas poéticas (cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro). Além disso, o haicai tradicional deve conter sempre uma referência à estação do ano, expressa por uma palavra (o chamado kigo = palavra de estação).
Uma terceira forma de praticar o haicai no Brasil é a que não julga necessária a métrica nem o uso sistemático de uma referência à estação do ano em que o poema foi composto. Aqui, os principais nomes são Paulo Leminski, Millôr Fernandes e Alice Ruiz.
esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem
primeiro frio do ano
fui feliz
se não me engano
Paulo Leminski
no despenhadeiro
a sombra da pedra
cai primeiro
Carlos Seabra
outro outono
no chão entre as folhas
sonhos do verão
Ricardo Silvestrin
primeira folha de outono
no chão começa
o meio do ano.
fim do dia
porta aberta
o sapo espia
Alice Ruiz
Ah, mosca de inverno
- questão de dia ou de hora
seu último instante?
Masuda Goga
Florada de ipês!
Meu pai também se alegrava
Em tarde como esta...
Teruko Oda
Dia de Finados
Formigas carregam
Pétalas que caem.
Jorge Lescano
início de outono --
no caminho vão sumindo
as vozes dos amigos.
vento de inverno:
o gato de olho vazado
procura seu dono
Edson Kenji Iura
* Fonte: Wikipédia
* Imagem1: Google
* Imagem2: sumauma
* Imagem3: Google
* Imagem4: Google
Haicai [Produção textual]
Tarde de verão
O sol arde no céu
Chuva no chão
Tarde bonita
Passa rápido na rua
Uma moça com fita
Laisla Schafflen Candeias – 7° B
* Imagem: geocities
Haicai [Produção textual]
Tarde de verão
o ônibus das doze
invadiu a mansão
Manhã ensolarada
o senhor no meio da rua
faz uma caminhada.
Antônio – 7°B
* Imagem: fotoplatforma
Haicai [Produção textual]
Chuva de Sol
Iluminado de alegria
Refresca o nosso arrebol
As árvores no calor
Fazem uma linda sombra
De manhã sem pudor
Andreza Arguelho Costa – 7°B
* Imagem: Google
Haicai [Produção textual]
Tarde ensolarada
o gato malhado
caiu da sacada.
O sol de verão
cobriu hoje cedo
a dor e a ilusão.
Fernanda – 7°B
* Imagem: baixaki
Haicai [Produção textual]
Sol da manhã
um cheirinho de café
desperta em avelã
O sabiá no dia
que maravilha
seu canto anuncia alegria.
Eva Caroline – 7° B
* Imagem: lisboadesign
Haicai [Produção textual]
O sol de verão
calor escaldante
esquentou o chão.
Numa noite gelada
um homem de calça e blusa
joga uma pelada.
Isabella – 7° B
* Imagem: Google
Haicai [Produção textual]
Desenho de montão.
O menino artista
coloriu até o chão.
O sol hoje cedo
acabou com o meu suto
o escuro teve medo
Leandro Rodrigues – 7°B
* Imagem: zaroio
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Sonetos
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Bom dia, amig@s
Hoje conseguimos postar as produções da turma do 1° ano do Ensino Médio.
São os primeiros textos após o estudo sobre os sonetos, realizados na semana do dia 15 de setembro de 2008.
Um abração!
Até a próxima ;)
"Aonde quer que eu vá, eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim".
S. Freud
Soneto: Conceito e História
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Sonetos
O Soneto
O soneto é uma composição de forma fixa, com 14 versos, dispostos em 4 estrofes (ou estâncias), sendo dois quartetos e dois tercetos. O desenvolvimento da idéia subordina-se ao limite das estrofes, e se faz por períodos que se contém rigorosamente em cada uma das estrofes, de forma que o fim de cada estrofe é marcado por uma pausa.
De origem controversa, o soneto teve em Petrarca (1304-1374), a organização do conteúdo em forma fixa, que serviu de modelo em toda a Europa. Introduzido em Portugal por Sá de Miranda, em 1527, coube a Camões assegurar o triunfo do gênero. Os sonetos de Camões são a parte mais conhecida de sua lírica; considerados os melhores escritos em língua portuguesa. Através dos tempos a estrutura do soneto veio permitindo diversas outras soluções. No período Barroco, o soneto prestou-se às extravagâncias gongóricas e foi se complicando com inúmeras soluções engenhosas e rebuscadas.No Arcadismo, a reação contra o cultismo e conceptismo Barrocos, impôs um soneto formalmente correto, rígido na estrutura e frio e convencional quanto ao conteúdo. Bocage, grande sonetista, reabilitou o gênero, incorporando a seus sonetos uma eloqüência sonora e um acabamento formal modelares. No Romantismo, o soneto foi abandonado pelos poetas românticos, que optaram por formas mais livres, que não condicionavam as expressões poéticas. No Realismo, o soneto clássico vai reaparecer, principalmente na obra de Antero de Quental. Foram os Parnasianos que elegeram o soneto, a sua forma predileta, modernizando-o em muitos aspectos. O Modernismo afastou os poetas do soneto, surgindo uma oposição às formas canônicas, das quais os modernistas se utilizaram para parodiar e ironicamente dessacralizar os 14 versos. Porém, passada a fúria iconoclasta da revolução modernista, o soneto volta revigorado. O soneto é portanto um caso único de sobrevivência de um modelo literário que resiste às evoluções e revoluções de gosto.
No Brasil, um dos primeiros sonetistas foi o poeta barroco Gregório de Matos Guerra- Boca do Inferno – que escreveu poemas satíricos e eróticos.
Autora: Lislopes
>> Dicas de Leitura:
Como escrever sonetos clique
Sonetos famosos clique
* Imagem: tipografos
Soneto de Fidelidade - Vinícius de Moraes
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Sonetos,
Vinícius de Moraes
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
"Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
Soneto de coisas do amor
Na vida existem coisas de amor
Para vencer?
Quem quer comprar?
Só basta estar disposto a amar.
Mas será que o amor ou o coração
Estão a disposição de qualquer situação
Eu gostaria que algum Dr. em coisas de amor
Pudesse me ensina ou dizer.
Como eu desejo me comportar
Se devo simplesmente amar...
Ou se devo comprar, vender ou esperar.
Esperar em quem? Se pode confiar,
Confiar em quem se pode amar,
Ou amar sem nada esperar...
Aluna Bruna de Oliveira Rodrigues
1º ano A – 15.09.2008
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
O que é ser jovem
Do que falar, na verdade não sei
Estou perdida imaginando de quem será a vez
Amor quem sabe, futebol não dá
Política já cansei só de pensar
Resumirei então o que é ser jovem
Pra muitos isso não importa
Mas pra mim isso pode ser:
Política, futebol e um grande amor no peito
Ser jovem, então é sair descalço,
Sonhar o impossível
Ser jovem é ter sempre esperança
É estar por perto quando estou distante
É acreditar que ontem é passado
Hoje é uma dádiva, chamado presente
Gracielen – 1º ano A
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
O amor e o vento
O amor e o vento
ambos parecidos
ambos se apreciam
ambos são precisos
O amor e o vento
ao mesmo tempo
conhecido e ao mesmo
tempo desconhecido
O amor sétimos e temos
O vento não vemos mas
sabemos que temos!
Mas o que os une é que
a amor às vezes ao relento
caminha como o vento.
Josiane Vieira – 1º ano A
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
Soneto do estudo
Vai já pra dentro, menino!
Vá já pra dentro estudar!
É sempre essa lenga-lenga
Quando o que eu quero é brincar...
Eu sei que aprendo no livro,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
Eu preciso saber de tudo!
Há tanto pra conhecer,
Há tanto pra explorar!
Basta os olhos abrir e com os ouvidos escutar!
Aprende-se o tempo todo
Dentro, fora, pelo avesso
Começando pelo fim, terminando pelo começo!
Nayanne da Silva Cerqueira -1º ano A
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
Soneto de ódio e amor a você
Nunca apensei encontrar alguém assim
Foi difícil nosso encontro, te conhecer
também foi mais uma ilusão. Em tantas
coisas te odeio, me faz tão mal viver assim!
Queria mesmo estar bem longe, te esquecer e
esquecer até quem sou. Odeio tanto o seu
sorriso encantador, seus olhos cor do céus
e seu jeito de me olhar. Odeio tanto sua boca!
Tão lindos os seus lábios rosados e seu
jeito de falar, odeio tanto!
Te odeio! Odeio tanto!
Te quero, me confunde muito mais!
Mas acho que te amo, mais que nada,
mais que tudo, eu te amo, eu te amo, eu te amo!
Nathália de Lima Santos – 1º A
Nunca apensei encontrar alguém assim
Foi difícil nosso encontro, te conhecer
também foi mais uma ilusão. Em tantas
coisas te odeio, me faz tão mal viver assim!
Queria mesmo estar bem longe, te esquecer e
esquecer até quem sou. Odeio tanto o seu
sorriso encantador, seus olhos cor do céus
e seu jeito de me olhar. Odeio tanto sua boca!
Tão lindos os seus lábios rosados e seu
jeito de falar, odeio tanto!
Te odeio! Odeio tanto!
Te quero, me confunde muito mais!
Mas acho que te amo, mais que nada,
mais que tudo, eu te amo, eu te amo, eu te amo!
Nathália de Lima Santos – 1º A
Soneto [Produção textual]
Soneto da natureza
A natureza é completa de beleza
Ela é perfeita
Rica em esperteza
Uma coisa que jamais será feita
Os rios, os mares, as árvores, as flores
As montanhas, as pedras, o vento
São tão reais que nos dão amores
São ta reais quanto o pensamento
O ar, o fogo, a água, a terra,
São os quatro principais elementos importantes
Que nos fazem entender melhor a natureza
As aves então, que maravilha!
Os animais são muito interessantes
A natureza nunca vai acabar. Mas que beleza!
Aline Silva de Carvalho – 1° ano A
* Imagem: Google
Soneto [Produção textual]
Soneto de amor e desprezo
Amor lindo e passageiro como o vento
Muitas vezes acaba machucando
Muitas vezes crescemos com ele
Amor, que palavra linda!
Quando você olha para mim sinto o amor despertar
Acreditando no amor, duvidando da dor
Eu sabia que seu lema era me magoar
Eu, uma mulher porque não temia a morte
Fui obrigada a beber para tudo esquecer
Porque você fazia isso comigo?
Você era tudo que eu queria meu amor!
Às vezes nem consigo respirar quando me lembro de você
Porque, ao me lembrar de você, lágrimas caem
Mesmo depois de tudo isso, ainda digo: Eu te amo!
Andrea – 1° A
Amor lindo e passageiro como o vento
Muitas vezes acaba machucando
Muitas vezes crescemos com ele
Amor, que palavra linda!
Quando você olha para mim sinto o amor despertar
Acreditando no amor, duvidando da dor
Eu sabia que seu lema era me magoar
Eu, uma mulher porque não temia a morte
Fui obrigada a beber para tudo esquecer
Porque você fazia isso comigo?
Você era tudo que eu queria meu amor!
Às vezes nem consigo respirar quando me lembro de você
Porque, ao me lembrar de você, lágrimas caem
Mesmo depois de tudo isso, ainda digo: Eu te amo!
Andrea – 1° A
Soneto [Produção textual]
Imenso amor
Mais que minha própria vida
Além do que eu sonhei pra mim
Um sonho encantado
Uma luz sem fim
Me ame, quanto meu amor
Por ti ainda viver
Nesse coração só você existe
Amor, você é assim!
Imenso amor que eu falo tanto
Rimas do verso que eu canto
Com você cada minuto é um encanto
Da morte não tenho medo
Se morrer, morrerei te amando
Imenso amor que eu falo tanto
Aline Fernandes Rodrigues – 1º ano A
Mais que minha própria vida
Além do que eu sonhei pra mim
Um sonho encantado
Uma luz sem fim
Me ame, quanto meu amor
Por ti ainda viver
Nesse coração só você existe
Amor, você é assim!
Imenso amor que eu falo tanto
Rimas do verso que eu canto
Com você cada minuto é um encanto
Da morte não tenho medo
Se morrer, morrerei te amando
Imenso amor que eu falo tanto
Aline Fernandes Rodrigues – 1º ano A
Soneto [Produção textual]
Soneto para meu amigo
Amigo, amigo meu,
tu sempre estiveres comigo.
Oh! meu amigo,
como quero-te bem
No meu coração,
nunca houve tal amizade,
que com apenas um sorriso
encheu-me de felicidade.
Oh! amigo meu,
como é bom tê-lo sempre perto
com seu olhar cheio de impacto.
Tu, oh! amigo,
Conhece-me mais que eu mesma,
Pois sempre me ouviste. Oh! amigo meu!
Regiane M. Borges – 1° ano A
* Imagem: Google
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